08 julho 2015

Resenha: After

Gente, gente, gente, gente. Minha vida não está saindo de suposições, não é nada mais que isso. Eu ia fazer esse post ontem, e antes de ontem, e uma semana atrás. Porém minha prima veio passar algumas dias aqui em casa (aliás, acho isso uma das inutilidades que o ser humano cria pra atrasar a vida dos outros) e aí não conclui todas as vezes que tentei fazer os posts. Das outras vezes era sempre a mesma coisa. Sempre alguém desocupado atrapalhando minha vida. 
Algumas pessoas são insuportáveis sem nem saberem porquê.
Estou confundido isso com um Twitter, e não quero sair reclamando aqui. Quero esquecer esses pequenos detalhes que afetam minha felicidade. Resolvi que já que Julho é o mês dos nada vou tentar ler mais. Peguei dois livros emprestados com minha prima e já estou lendo, e resolvi finalizar a leitura de um livro que eu abandonei estando apenas alguns capítulos do final. Espero sinceramente trazer a resenha dos dois este mês.
Hoje, vou falar de um livro que terminei há décadas, o After
Antes, uma frase para descrevê-lo.
Engoli as 520 páginas deste livro como se fossem 40 gotas de dipirona. 
Vou direto à nota do livro: 2. Sim, 2. E por quê? Porque eu sempre vou dar a nota do livro seguindo critérios (sim, tenho essas frescuras de gente que acha que tem TOC). Enredo, escrita, protagonista, personagens secundários e se gostei e não gostei. Pois bem, esse livro ganha nota por dois motivos: enredo e escrita. Porque o resto, só me faz ficar feliz em não ter esperado muita coisa desse livro.
Ganhei esse livro de uma promoção, ele tá todo perfeito, com jacket e marcador.
O livro conta a história da Tessa, uma garota de 18 anos que tem uma coisa em comum comigo: sabe que estudar é necessário, e o faz porque gosta de aprender. Mas os motivos são diferentes: eu sei que estudar é algo necessário e podem roubar tudo de você, menos o conhecimento. A Tessa estuda pra ir pra uma boa faculdade (que ela vai, a WCU) e aí... Os objetivos dela ficam presos nesse. Claro, ela quer trabalhar numa editora e talvez publicar um livro, mas ela não tem sonhos próprios. Tudo é o que a mãe faz ela pensar que quer. Continuando, como eu disse anteriormente, ela entra na WCU, essa faculdade aí, e começa a morar lá. A primeira coisa que ela nota quando entra lá é o quartinho que ela vai dividir com a Steph (comentarei sobre ela mais tarde), uma roqueira toda tatuada e com roupas decotadas. A mãe dera despiroca, o namorado sem graça dela fica com cara de peixe morto e ela, como a boa protagonista que é, diz que tudo bem, tudo vai dar certo, e por mais que a mãe insista que ela deve trocar de quarto já ela diz não. 
Daí começa esse livro.
E o romancinho desse livro começa no momento que ela vê os amiguinhos da Steph. Um deles é o Hardin, que olha pra Tessa como se ela fosse alguém que não merecesse seu olhar. Mas é claro que a Tessa se interessa por ele no mesmo momento, e daí começou este livrinho.
A capa sem a jacket, e meus bonequinhos livros e maravilhosos.
Mas aí a tal Steph resolvi convidar a Tessa pra ir numa dessas festas de bebidas e meninas se esfregando em meninos, e aí começou a minha raiva contra a protagonista. No começo ela fica tipo num-preciso-disso-não-não-é-meu-tipo-de-festinha e depois de pouquíssima insistência da nossa querida Steph ela já fica cheia dos "sim". E é nessa festa que ela começa suas briguinhas inúteis com o Hardin.
Um ponto fortíssimo do livro é o enredo. Por mais que a história fosse sem graça olhada de cima, os fatos eram bem colocados e as ideias eram expostas claramente. Você via as coisas como a Tessa e, se fosse completamente diferente dela igual eu era, você entendia as coisas como ela entendeu. Isso fazia você ficar preso no livro, querendo até mesmo saber o que podeira acontecer depois. Os capítulos eram rápidos, então você sabia que não seria uma eternidade e podia ficar tranquilo na fala "só mais esse capítulo". Seria fácil ter devorado o livro a bom gosto.
Como viram, não foi o que aconteceu.
E o que fez eu ter respeito pela a autora foi a escrita, que era fácil de entender e mostrava exatamente o que a Tessa estava sentindo, e o que estava acontecendo. Uma estrelinha por este motivo, outra pelo anterior.
Mas Belle, eu não entendi porquê você não gostou do livro, me explique? Pois bem meu querido, o problema foram as outras coisas, os outros detalhes. A começar pela protagonista. Ela era insuportável, era aquele tipo de pessoa que não se controlava sozinha. Talvez seja algo meu, talvez outras pessoas ou até mesmo você podem gostar do livro mesmo com a personalidade da personagem. Mas para mim, ela era dominada facilmente pelo pedido de outras pessoas. A Steph pediu pra ela ir na festa. Ela foi. Se ferrou, voltou pra casa e disse que nunca mais iria naquela festa de novo. Bastou um pedidinho de só da Steph pra ela ir. E claro que voltou pra casa dizendo que foi um erro ter ido. Isso deixou o romance chatinho, porque tudo o que o Hardin pedia ela fazia de bom grado. Não gosto desse tipo de personagem.
E temos os personagens secundários, que não me cativaram em nada. Deixe-me ver... Tem a mãe da Tessa, que eu detestei em todos os sentidos por ser uma pessoa que joga tudo na cara (okay que o marido dela a deixou por bebida e ela ficou sozinha, mas um problema não justifica o outro), tem o Hardin, que é uma mistura de Christian Grey genérico e bad boy, o namoradinho sem graça da Tessa que acho que só foi escrito para a Tessa poder dizer "eu não podia beijar ele porque tinha namorado". A única personagem que foi bem construída e quase original foi a Steph, porque ela tinha motivos e não era inspirada em nenhum outro personagem que já vi. 
Dá pra ver que não gostei do livro. Perdeu pontos comigo nessa parte.
E temos o final. Pra quem gostou do livro (não é o meu caso) é um ótimo final para se ler o segundo livro. Mas para mim, que não gostei, fiquei pensando que a Tessa foi trouxa e... Não, só isso. E fiquei pensando ainda: o livro tinha tudo pra terminar nesse livro. Com mais algumas páginas, a autora podia ter saído do clichê que o livro era e ter terminado com uma Tessa madura, inteligente, que tivesse aprendido e uma grande lição de moral para as meninas iniciantes em relacionamentos. Sim, vemos uma mudança de amadurecimento entre o início e o término do livro na personalidade da personagem, mas não estávamos preparados pro fim, exatamente como a personagem não estava. Mesmo assim, não gostei do fim. 
Esse é aquele caso do podia ter sido bom mas não foi.
Pelo menos pra mim.
Conclusão: este não é um livro pra todos, não deveria ser uma série e sim livro único e eu não recomendo a leitura. Mas se você gostou, diga-me porquê. Eu sinceramente gostaria de ouvir.
Até mais minha gente. Vou ler mais um pouquinho depois desta enorme resenha.
Até mais.

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